09 de julho de 1998
Um avião Fokker-100 da TAM, que fazia o trajeto entre São Paulo e Vitória, o vôo 208, pousou no aeroporto errado, descendo em Guarapari, cidade distante 54 km da capital do Espírito Santo. Além do transtorno, há indícios de que a operação foi irregular e alguns passageiros entraram em pânico.
Segundo a companhia aérea, há indícios de perda de sinal entre o aeroporto de Vitória e o avião, o que poderia ter induzido o piloto a pousar na pista errada.
Para Germano Borges, diretor do Aeroporto Municipal de Guarapari, o piloto se confundiu. "Ele deve ter se enganado porque a pista foi reformada e só faz três dias que foi liberada. Deve ter achado que era o aeroporto de Vitória."
Elizabeth da Cunha Chaves, superintendente da Infraero, empresa brasileira que administra aeroportos, disse que o controle estava funcionando em condições plenas, sem qualquer problema. O DAC (Departamento de Aviação Civil) soube do incidente no final da tarde e, segundo sua assessoria, a investigação desse tipo de caso fica a cargo da equipe de segurança da própria TAM, com supervisão do DAC.
Segundo o DAC, só a investigação poderá revelar de quem foi o erro - se da TAM ou do comandante, identificado como Tomazzi. Caso a TAM seja culpada, poderá ter de pagar multa.
Os passageiros viveram momentos de pânico. Para o ex-chefe de gabinete do ministro Pedro Malan (Planejamento) e candidato a deputado federal José Carlos da Fonseca Júnior, foi uma "aventura". "O piloto demorou muito para dar alguma satisfação e, quando falou, estava com voz assustada."
Segundo Fonseca Júnior, o piloto disse: "Houve um erro e nós vamos retornar a Vitória". Uma passageira começou a gritar e entrou em pânico querendo sair do avião. "Junto com ela, saíram 80% dos passageiros", afirmou Fonseca Júnior.
Nos jornais cariocas, silêncio. Nos jornais paulistas, pequenos registros. Nos jornais capixabas, manchete no dia e repercussão por apenas mais um dia.
Enquanto todos os jornais - com suas equipes, sucursais, esquemas e recursos - esqueciam o caso, Elio Gaspari, sozinho, fazia suas apurações. Sua coluna de 19 de julho, na Folha de S.Paulo, traz elementos novos que ajudam a explicar o que ocorreu: a aeronave fora comandada por um piloto da FAB, não da TAM.
Fonte: Folha de S.Paulo e Observatório de Imprensa
Um avião Fokker-100 da TAM, que fazia o trajeto entre São Paulo e Vitória, o vôo 208, pousou no aeroporto errado, descendo em Guarapari, cidade distante 54 km da capital do Espírito Santo. Além do transtorno, há indícios de que a operação foi irregular e alguns passageiros entraram em pânico.
Segundo a companhia aérea, há indícios de perda de sinal entre o aeroporto de Vitória e o avião, o que poderia ter induzido o piloto a pousar na pista errada.
Para Germano Borges, diretor do Aeroporto Municipal de Guarapari, o piloto se confundiu. "Ele deve ter se enganado porque a pista foi reformada e só faz três dias que foi liberada. Deve ter achado que era o aeroporto de Vitória."
Elizabeth da Cunha Chaves, superintendente da Infraero, empresa brasileira que administra aeroportos, disse que o controle estava funcionando em condições plenas, sem qualquer problema. O DAC (Departamento de Aviação Civil) soube do incidente no final da tarde e, segundo sua assessoria, a investigação desse tipo de caso fica a cargo da equipe de segurança da própria TAM, com supervisão do DAC.
Segundo o DAC, só a investigação poderá revelar de quem foi o erro - se da TAM ou do comandante, identificado como Tomazzi. Caso a TAM seja culpada, poderá ter de pagar multa.
Os passageiros viveram momentos de pânico. Para o ex-chefe de gabinete do ministro Pedro Malan (Planejamento) e candidato a deputado federal José Carlos da Fonseca Júnior, foi uma "aventura". "O piloto demorou muito para dar alguma satisfação e, quando falou, estava com voz assustada."
Segundo Fonseca Júnior, o piloto disse: "Houve um erro e nós vamos retornar a Vitória". Uma passageira começou a gritar e entrou em pânico querendo sair do avião. "Junto com ela, saíram 80% dos passageiros", afirmou Fonseca Júnior.
Nos jornais cariocas, silêncio. Nos jornais paulistas, pequenos registros. Nos jornais capixabas, manchete no dia e repercussão por apenas mais um dia.
Enquanto todos os jornais - com suas equipes, sucursais, esquemas e recursos - esqueciam o caso, Elio Gaspari, sozinho, fazia suas apurações. Sua coluna de 19 de julho, na Folha de S.Paulo, traz elementos novos que ajudam a explicar o que ocorreu: a aeronave fora comandada por um piloto da FAB, não da TAM.
Fonte: Folha de S.Paulo e Observatório de Imprensa
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