22 de julho de 1998
Fokker-100 que ambos pilotavam pousou em aeroporto errado, no Espírito Santo
Um "erro de julgamento" teria sido o responsável pela aterrissagem de um Fokker-100 da TAM no aeroporto de Guarapari, em vez do de Vitória, seu destino correto, em 9 de julho último. A falha acarretou punições para os dois envolvidos diretamente no incidente: um piloto da empresa que comandava a aeronave e um oficial da Aeronáutica que fazia treinamento naquele vôo comercial. Edinir Tozzi, comandante-treinador da TAM, mais de quatro anos completos voando em Fokker-100, foi rebaixado a co-piloto. Perdeu rendimentos e será obrigado a fazer curso de reciclagem por seis meses, informou ontem a empresa aérea.
O major Odin Grothe, checador do DAC (Departamento de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica), será mantido em funções burocráticas até que seja investigado o que houve com o vôo 280. O comandante do vôo era Tozzi. Mas, em um procedimento corriqueiro na aviação civil brasileira e previsto em lei, quem pilotava o avião era o militar, que utilizava a aeronave para fazer reciclagem do treinamento de checador. Ou seja, estava reforçando seu conhecimento sobre o Fokker-100 para aperfeiçoar sua fiscalização dos procedimentos da tripulação desse tipo de aeronave. Segundo o DAC, a Aeronáutica usa aviões comerciais para reciclar seus pilotos porque não tem como manter aeronaves dos tipos usados na aviação comercial.
A falha não acarretou danos materiais ou humanos, mas metade dos passageiros do vôo 280 preferiu seguir para Vitória em táxis fornecidos pela TAM a decolar novamente no avião que pousara no aeroporto errado. A sindicância aberta pelo DAC ainda não está concluída, mas a hipótese mais provável para o que aconteceu é que houve um "erro de julgamento" entre o comandante e o oficial.
A rigor, a responsabilidade sobre o vôo é toda do comandante Tozzi. Segundo a Folha apurou na TAM, ele e o co-piloto teriam avisado o major Grothe de que o aeroporto era o errado, mas o avião acabou pousando, mesmo assim. Segundo as assessorias de imprensa do DAC e da TAM, em casos como esse Tozzi deveria ter assumido o vôo quando não teve suas observações atendidas. Mas tal atitude não é tão simples. De acordo com o DAC, o comandante teria que registrar essa decisão em um relatório, explicando por que decidiu romper um procedimento de treinamento que havia sido marcado com antecedência.
Fonte: Folha de S.Paulo
Fokker-100 que ambos pilotavam pousou em aeroporto errado, no Espírito Santo
Um "erro de julgamento" teria sido o responsável pela aterrissagem de um Fokker-100 da TAM no aeroporto de Guarapari, em vez do de Vitória, seu destino correto, em 9 de julho último. A falha acarretou punições para os dois envolvidos diretamente no incidente: um piloto da empresa que comandava a aeronave e um oficial da Aeronáutica que fazia treinamento naquele vôo comercial. Edinir Tozzi, comandante-treinador da TAM, mais de quatro anos completos voando em Fokker-100, foi rebaixado a co-piloto. Perdeu rendimentos e será obrigado a fazer curso de reciclagem por seis meses, informou ontem a empresa aérea.
O major Odin Grothe, checador do DAC (Departamento de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica), será mantido em funções burocráticas até que seja investigado o que houve com o vôo 280. O comandante do vôo era Tozzi. Mas, em um procedimento corriqueiro na aviação civil brasileira e previsto em lei, quem pilotava o avião era o militar, que utilizava a aeronave para fazer reciclagem do treinamento de checador. Ou seja, estava reforçando seu conhecimento sobre o Fokker-100 para aperfeiçoar sua fiscalização dos procedimentos da tripulação desse tipo de aeronave. Segundo o DAC, a Aeronáutica usa aviões comerciais para reciclar seus pilotos porque não tem como manter aeronaves dos tipos usados na aviação comercial.
A falha não acarretou danos materiais ou humanos, mas metade dos passageiros do vôo 280 preferiu seguir para Vitória em táxis fornecidos pela TAM a decolar novamente no avião que pousara no aeroporto errado. A sindicância aberta pelo DAC ainda não está concluída, mas a hipótese mais provável para o que aconteceu é que houve um "erro de julgamento" entre o comandante e o oficial.
A rigor, a responsabilidade sobre o vôo é toda do comandante Tozzi. Segundo a Folha apurou na TAM, ele e o co-piloto teriam avisado o major Grothe de que o aeroporto era o errado, mas o avião acabou pousando, mesmo assim. Segundo as assessorias de imprensa do DAC e da TAM, em casos como esse Tozzi deveria ter assumido o vôo quando não teve suas observações atendidas. Mas tal atitude não é tão simples. De acordo com o DAC, o comandante teria que registrar essa decisão em um relatório, explicando por que decidiu romper um procedimento de treinamento que havia sido marcado com antecedência.
Fonte: Folha de S.Paulo
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