sexta-feira, 18 de abril de 2008

Piloto contradiz versão oficial sobre rota do vôo do helicóptero de Rolim

Folha de S.Paulo
São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2001

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Pilotos que voam na região onde ocorreu o acidente acreditam que Rolim Adolfo Amaro, 58, e a gerente comercial Patrícia dos Santos Silva, 30, não estavam viajando para Assunção, o que contradiz a versão oficial da empresa, divulgada anteontem.

O indício mais forte é que Rolim não havia feito um plano de vôo para viajar até a capital paraguaia, o que contraria a determinação da Oaci (Organização de Aviação Civil Internacional).

Além disso, o helicóptero, um Robinson R-44 com autonomia de cerca de três horas, caiu na região da cordilheira de Amambay, tradicionalmente sobrevoada em razão da bela paisagem.

Jornalistas que estiveram no local, a 30 km da fronteira com o Brasil, não avistaram nenhum indício de que eles estivessem viajando.

"Cheguei 15 minutos depois do acidente e não vi nenhuma mala", disse Candido Figueiredo, do jornal paraguaio "ABC Color".

Os técnicos brasileiros e paraguaios que investigam o acidente ainda não se pronunciaram.

Uma das maiores dúvidas é sobre quem pilotava o helicóptero. Figueiredo afirma que viu cabos e fones de ouvido ao redor do pescoço de Patrícia, o que seria um indício de que ela estava no comando.

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